Um ano de "Gay, e agora?"

(Foto: Gay, e agora?)

Essa postagem é diferente das outras pelo motivo do site ter completado um ano de existência na primeira semana de outubro de 2016. Este site tem como foco tentar ajudar o próximo de várias maneiras possíveis, tentando passar relatos de minha vida para que algumas pessoas possam se espelhar em atitudes que deram certo e erros que eu possa ter cometido para que tentem introduzir em sua vida ou, enviando postagens com textos para ajudar alguém em um assunto especifico. Essa última forma de ajuda fez o site decolar e mostrou uma proximidade maior entre nós, que é a que estou investindo desde junho deste ano.

Há um ano comecei a postar sobre minha vida já que estava passando por uma fase cheia de coisas. O principal foco do site era para desabafar e, assim, divulgava o link para todos que soubessem de meu maior segredo: minha sexualidade. Não queria ficar voltando em todos os assuntos, então sempre que alguém tivesse alguma dúvida sobre algo que passei, estaria registrado aqui. Evolui essa escrita e passei a tentar ajudar o próximo com os relatos de minha vida. Posteriormente, resolvi alterar mais uma vez a forma e escrever textos que servem de ajuda para quem precisa em algum determinado tema. O site não é só para o público gay, por mais que o nome diga isso. O site é para todos que se identificam com qualquer problema exposto nele.

Para fazer algo diferente, elaborei uma pergunta diferente para cinco pessoas próximas de mim para que respondessem as perguntas frequentes das pessoas ao nosso redor com o tema sendo sexualidade. Essas perguntas foram realizadas com três amigos bem próximos e meus pais, que tentaram resumir seus sentimentos e opiniões sobre o assunto.


PERGUNTA: Você já desconfiava da sexualidade de seu amigo? Você ficava perguntando sobre esse assunto para ele com frequência?

JÚLIA, 16, amiga próxima do autor: Sim, eu já desconfiava. Não, eu perguntei uma vez só para nossa amiga, Lara, mas nunca mais perguntei. Eu não tinha limites, se eu tivesse, não iria nem perguntar para ela. Eu acho que nunca mais perguntei pelo motivo de não ser da minha conta saber o que ele faz na vida. As pessoas têm a privacidade delas e isso não é da minha conta.


PERGUNTA: Como foi a experiência de ser a primeira pessoa em apoiar o autor? Um gay tem que contar primeiramente sobre sua sexualidade para quem?

LAURA, 16, amiga próxima do autor: Foi legal saber que eu fui a primeira pessoa, e foi muito gratificante. Eu sempre soube, mas precisava de uma confirmação. Me senti muito honrada em saber que ele tinha confiança em mim. Acredito que eu tenha ajudado ele bastante em vários momentos que ele passou, envolvendo o assunto. Acho que um gay tem que contar primeiramente para as pessoas que ele mais confia, convive e se sinta mais confortável.


PERGUNTA: Você já pensou em abandonar seu amigo por sua orientação sexual? Como é lidar com o fato de seu melhor amigo ser gay?

JOÃO, 16, amigo próximo do autor: Se eu já pensei em largar ele por ser gay? Não. É diferente ter um amigo gay? Não. Para mim é a mesma coisa só que algumas coisas mudam, por exemplo: ao invés de falar de mulher com ele, você fala com homem. Se você não entende nada sobre o assunto, você tenta, ele é um amigo seu. Às vezes eu gosto de brincar muito, porém tenho que controlar algumas piadas para não machucar ele. Fora isso, é tudo igual: ser amigo de um heterossexual ou de um gay é a mesma coisa.


PERGUNTA: Toda mãe sabe da sexualidade do seu filho, por mais que ele tente esconder? Quando é a hora certa de contar para os pais e como se deve contar isso?

CAMILA, 53, mãe do autor: Todas as mães sabem? Não. No meu caso eu não sabia. Hora certa de um filho contar para os pais sobre sua sexualidade? Se realmente acontecer e se ele estiver certo que é assim mesmo, tem que contar o mais rápido possível para estarmos mais preparados.


PERGUNTA: Em escala de zero a dez, quanto era o nível de amor que você sentia pelo seu filho antes de se assumir gay? Qual o nível atualmente?

DAVI, 53, pai do autor: Sempre foi dez, não mudou. Era meu filho e vai continuar sendo meu filho, independentemente do que ele seja, vai ser meu filho sempre. Gostaria que fosse diferente? Gostaria, mas fazer o que? É meu filho e respeito isso.


Na comemoração de hoje, quero simplesmente agradecer. Agradecer a cada pessoa que me apoiou no desenvolvimento desse site. Agradecer aos leitores e parceiros. Agradecer a amigos e familiares que contribuíram para o desenvolvimento de algumas postagens. Tenho muito orgulho de todas as realizações alcançadas, sorrisos que consegui despertar em alguns rostos, aproximações com alguns leitores e ter ajudado quem precisou. Foi um incrível ano e informo que outros virão. Esse primeiro ano é apenas o começo.

Luan



Postagem escrita por Luan, criador desse site, estudante e blogueiro. Graduando em Publicidade e Propaganda.

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