Como lidar com a reprovação na escola?

Série 'Elite' (Foto: Netflix)

Reprovar na escola é uma coisa bem dolorosa, mas é necessária para algumas pessoas. Aqui, traremos um manual dividido em três partes para que não restem dúvidas sobre a reprovação escolar e a sua necessidade dela na vida de um estudante que mereceu tal resultado. É importante deixar bem claro, antes de iniciarmos, que não queremos que ninguém reprove, mas sim entenda e lide com os motivos de sua reprovação, caso tenha sido reprovado.


ACEITANDO A REPROVAÇÃO

Reprovar é uma coisa normal, por mais que as pessoas tratem como um tabu, saiba que é normal. Muitos reprovam todo ano que se encerra, mas não podemos repetir esse erro mais de uma vez na vida. Então, temos que entender que reprovar é normal, porém é um erro.

Temos que desmistificar a situação que os amigos irão rir da reprovação do outro: isso é lenda. Primeiramente pelo fato de que se rir, não é amigo. Em segundo lugar, as crianças/adolescentes não ligam para isso; eles continuarão seguindo suas vidas normalmente. Se for para algum indivíduo tirar sarro da situação, basta tentar conversar com a direção do colégio para que barrem tal atitude.

As pessoas que não tiveram um resultado satisfatório ao que foi proposto pela escola merecem reprovar de ano, de fato. Elas merecem por não terem absorvido a porcentagem suficiente de conteúdo para dar continuidade no próximo ano; com isso, terão que fazer o mesmo ano novamente para que aprendam o que não foi aprendido e continuem na luta escolar. Temos que entender que a reprovação ocorre pelo que não foi aprendido ou aproveitado, por isso, fazer o mesmo ano de novo é sinal de adquirir tudo que foi perdido no ano da reprovação. Esse conhecimento perdido será cobrado futuramente em uma prova de universidade, se for realizada. É necessário que o ano seja refeito para não perder esse conhecimento.


MEU FILHO REPROVOU, E AGORA?

Entenda o porquê do estudante ter reprovado. Conversar com a direção, professores e com o próprio aluno para saber o que aconteceu. Analise a rotina de estudos que o jovem teve no desenrolar do ano tanto em casa e tanto na escola. Avalie todo o contexto e compreenda se a reprovação foi por falta de comprometimento e maturidade ou por dificuldade de aprendizagem.
Provas de reclassificação são descartáveis por não serem um investimento no futuro de seu(ua) filho(a): o(a) jovem foi avaliadx durante um ano inteiro por diversas provas e, fracassou em grande parte. Não é uma única prova de reclassificação que colocará todo o conhecimento perdido na cabeça delx. O sucesso nessa prova pode até acontecer, mas o conhecimento não estará fixado em seu cérebro.

Mudar de escola também é descartável se levado em conta somente o fator reprovação. Os pais devem conversar com os professores e diretores para entender o motivo da reprovação, bem como firmar uma parceria para acompanhar o desenvolvimento e evolução do estudante no ano seguinte. Aliás, cada escola tem sua metodologia de ensino: mudar essa metodologia pode comprometer ainda mais o aluno levando em consideração a fase em que já se encontra.

Por fim, dê apoio ao jovem. Esteja presente no ano seguinte e cobre tudo o que não foi cobrado nesse ano. Ajude ele a desenvolver uma rotina de estudos eficiente. Faça o jovem se sentir seguro e acolhido no novo ano escolar, diga que a reprovação é uma oportunidade de melhoria no aprendizado e que não pode acontecer novamente. Estudos comprovam que autoestima é essencial no processo educacional de uma criança/adolescente.


NEM TUDO ESTÁ PERDIDO

Se a reprovação já é dada como certa, não perdemos nada. A vida inteira é feita de aprendizados e essa queda servirá como lição lá na frente. Muitos alunos que reprovam, quando adultos, dizem ter adquirido maturidade nos estudos e na vida.

Agora, se ainda não saiu o boletim e não sabemos se o resultado final será APROVADO ou REPROVADO, não podemos desistir da luta. Por mais que possa parecer tarde, não é: só será tarde quando o resultado sair; enquanto não, ainda temos tempo para lutar e tentar passar de ano, levando esse sofrimento final como mais uma lição para nossa vida (não deixar as coisas para última hora).



Postagem escrita por Luan, criador desse site, estudante e blogueiro. Graduando em Publicidade e Propaganda.

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