Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) não é brincadeira!

Série 'The Big Bang Theory' (Foto: CBS)

Você sabe o que é TOC? Esse é um termo muito utilizado para pessoas que não aguentam ver as coisas bagunçadas, ou que são muito organizadas e metódicas, certo? Sim, utilizamos esse termo nesses casos, mas, preconceituosamente, nessa situação, ele é errado. O TOC é um transtorno psiquiátrico de ansiedade em que sua principal característica é a presença de crises recorrentes de compulsões e obsessões. Continue conosco que exploraremos todas as questões desse distúrbio no nosso texto.


TOC NÃO É BRINCADEIRA!

Estudos realizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que aproximadamente 1 a 2% da população mundial tenha TOC, significando que são aproximadamente 4 milhões de pessoas somente no Brasil. Estes números mostram que não é algo comum, mas raro, por isso não é legal ficar falando que determinada pessoa tem TOC pelo seu comportamento se ela não tem de fato.

Não se sabe ainda o que está por trás do transtorno, mas já se sabe que ele se manifesta através de um conjunto de fatores, sendo eles: hereditários, relacionados ao estilo de vida, às situações de estresse ou à estrutura familiar frágil. Além disso, ter um membro da família com diagnóstico positivo de TOC ou outras doenças psiquiátricas ou pelo fato de ter presenciado acontecimentos traumáticos ou muito estressantes pode aumentar o risco de uma pessoa desenvolver o transtorno.


TIPOS DE TOC

Temos dois tipos de TOC conhecidos: o obsessivo e o compulsivo. Isso significa dizer que, o primeiro se caracteriza pelos pensamentos e ideias que vêm à cabeça de uma pessoa de forma repetida e insistente, sem que ela controle. O segundo engloba tudo o que vem no primeiro acrescido da realização de um ritual, ou seja, o pensamento só irá reduzir se alguma atitude for tomada.

Para que possamos entender ambos os casos, podemos levar esses exemplos em consideração:
  • 1º, TOC-Obsessivo: Obsessão por ter alguma coisa no lugar. Ao ver que algo está fora do lugar, o paciente se sente muito incomodado. O incômodo irá passar em alguma hora.
  • 2º, TOC-Compulsivo: Obsessão e por ter alguma coisa no lugar, mas que só será aliviada se esse objeto for organizado imediatamente. Enquanto ele estiver fora do lugar, esse incômodo não vai passar. Ou seja, a obsessão se torna um comportamento físico, uma compulsão, voluntária e repetitiva.


PRINCIPAIS SINTOMAS

Dependendo do TOC, o paciente pode apresentar duas categorias de sintomas: os obsessivos e os compulsivos.

As obsessões são pensamentos, ideias, imagens mentais e crenças invasivas e recorrentes que causam sofrimento emocional no indivíduo. Um exemplo é de quando alguém quer tentar estudar, mas não consegue se concentrar por um pensamento obsessivo. A maior parte das pessoas consegue se livrar desses pensamentos, mas uma pessoa com TOC não consegue controlar.

As obsessões mais populares são as de ter medo da contaminação por germes ou sujeira, de esquecer algo, de ferir as pessoas ou a si mesmo, pensamentos indesejados sobre comportamento agressivo ou sexual, crença excessiva na perfeição ou simetria, na moralidade ou religião ou até mesmo crenças supersticiosas excessivas (como a de quebrar um espelho que trará anos de azar), etc.

As compulsões seriam os resultados das obsessões. São comportamentos ou rituais que uma pessoa se vê obrigada a fazer para reduzir a ansiedade causada pelas obsessões. Algumas compulsões englobam a limpeza ou lavagem excessiva, conferir várias vezes se algo foi feito ou não, querer confirmar a segurança e saúde da família e amigos com muita frequência, organizar todos os itens de forma específica ou respeitando alguma ordem, possuir uma rotina ou ritual específico, acumular itens que deveriam ser dispensados, repetir palavras, contar palavras, bater as mãos, etc.


RECOMENDAÇÕES

Todo mundo já experimentou algum comportamento compulsivo, né? Porém, a partir do momento que ele se repete a ponto de prejudicar as outras tarefas do dia de um indivíduo, este pode ser um sinal de que a pessoa em questão seja portadora de TOC e precise de tratamento. Esconder os sintomas por vergonha ou insegurança não é uma boa solução: quanto mais se adia o diagnóstico e tratamento, mais grave e intensa fica o transtorno.

Em resumo, se você se identificar com alguns dos comportamentos apresentados aqui, não significa que você tem o transtorno, mas é interessante que procure um médico para diagnosticar corretamente a sua situação e indicar o melhor tratamento para você, se for o caso.



Postagem escrita por Luan, criador desse site, estudante e blogueiro. Graduando em Publicidade e Propaganda.

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