Quem sou eu e quem está por perto?

Série 'Gossip Girl' (Foto: The CW Television Network)

Não quero te assustar, primeiro de tudo. A propósito, sou a B, é um prazer estar com você agora, não nos conhecemos ainda! Tratarei da coluna Ciclos Sociais. Não, não como sua psicóloga, apenas como uma amiga. Meu objetivo talvez seja mostrar um outro lado dos acontecimentos e desenvolver em você uma nova percepção ao seu redor. Todo mundo sabe o quão complicado é conviver com o bendito ser humano, é normal perder a cabeça às vezes, né? Mas calma, vamos com calma… vamos tentar entender tudo primeiro. Já sei, vamos juntos nessa, é só me acompanhar. Espero que aproveite. 

Hoje trataremos (sim, eu e você, já disse que estamos juntos nessa) um pouquinho sobre o que acontece com a gente e porque isso reflete tanto na nossa vida social. Aliás, somos os centros do universo? Uma pena que não. Não quero te intimidar (ou quero), vamos tratar tudinho com bastante sinceridade e colocar os pingos nos i’s. 

PRAZER, EU 

Não estou aqui para insinuar a você sobre você mesmo, só vamos pensar juntos um pouquinho. A constante dúvida sobre quem somos me incomoda um pouco, é difícil demais de definir, dá até uma crise existencial, sabe? Mas vamos firmemente pensar nisso. A nossa personalidade é tão única que chega até ser estranho, mas o que a molda? Pensar que seja nós mesmos é se cobrar demais, a vida não depende só da gente, né? Não vivemos sozinhos. Por outro lado, não podemos somente culpar aos outros, isso seria muito egocentrismo. Eu sou suspeita demais pra falar sobre, mas não citaremos isso agora. 

Por não carregarmos 100% da culpa de sermos quem somos, precisamos ter zelo... com nós mesmos. Nossa personalidade é a nossa própria identidade, é como nos mostramos para o mundo; sei que parece complicado aceitar cada detalhe do que compõe nós mesmos, mas precisamos deixar claro que somos quem somos porque trilhamos uma caminhada bem longa. E adivinha, às vezes precisamos nos cobrar menos porque a vida já vai nos cobrar muito. Precisamos cuidar de nós mesmos, precisamos porque o que fazemos afeta outras pessoas, e sim, isso pode nos afetar posteriormente também. É claro que a vida não para pra gente, também devemos reparar nosso conflito para que os resultados sejam positivos (para acalmar o coraçãozinho). Mas isso é sobre as coisas que você faz. 

NÃO ESTOU SÓ 

Pois é, há outras pessoas por aí, pessoas presentes no dia-a-dia que afetam a nossa vida. Assim como você, as outras pessoas também têm a personalidade delas… o que quero exatamente dizer com isso? - elas podem ser muito diferentes de você, por exemplo. Será que o meu problema é só meu ou outras pessoas também compartilham desse conflito interno? Fazer esse questionamento é essencial, a partir do momento que os fenômenos acontecem, as pessoas são atingidas, ninguém é ileso. Cabe a nós tentarmos enxergar o outro através de outras lentes, aquelas das quais não estamos acostumados (as que saem da nossa zona de conforto). Obrigada pela reflexão de empatia. 

Sobre quem você se relaciona, é normal nos sentirmos mais atraídos pelas pessoas que achamos que são parecidas conosco à primeira vista, parece que as coisas fluem de forma mais leve e a energia é sempre boa. Mas isso não é uma regra, é claro. Podemos sim nos relacionar com pessoas de personalidades diferentes, isso é inevitável de acontecer, devemos simplesmente tentar sempre compreender como o outro é, como citei acima. Eu sei que às vezes é chatinho lidar com aquele temperamento constante, chiliques desnecessários, a fala arrogante, o pequeno sentimento de superioridade… são pontos a trabalhar, é claro. Porém, o mundo está repleto de pessoas assim, não digo que devemos aceitar ou aturar, mas sim, aprender a se relacionar. Não é ser amigo, é conviver. São pessoas como você, pessoas que possuem dificuldades, conflitos, dúvidas, angústias… todos têm pontos a melhorar, inclusive você mesmo! Precisamos tratar o mundo como ele é, e não como gostaríamos que fosse. A autoanálise é muito difícil, é sempre muito mais fácil enxergarmos o problema do outro ao invés do nosso… é complicado de aceitar que também temos defeitos, sempre tentamos negar, né? Apesar dos fatos, não é a melhor coisa a se fazer, não podemos nos ofender e negar o que apontam sobre a gente quando tentam ajudar. 

O primeiro passo para tornar as relações sociais mais leves é estarmos bem com nós mesmos, depositar nosso humor negativo no outro só resultará em conflito. Todos têm problemas, assim como você possa estar passando por um dia ruim, o outro ao seu lado de repente possa estar passando pela mesma situação. Ou a pessoa pode estar muito bem e você acabou depositando suas energias negativas nela só pelo modo que agiu. Cabe a nós termos cuidado. Quantas vezes você já se encontrou em estado de paz e alguém simplesmente destruiu isso em segundos? pois é, digamos que é a mesma coisa. 

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Fico feliz em ter passado o que sinto de uma forma clara e sucinta, pensando com muito cuidado com tudo. Espero que tenha percebido como eu dirijo as minhas frases, sempre destinando a nós, porque assim como você, também sou um ser humano que enfrenta altos e baixos. Enfim, espero você no próximo artigo, vamos abordar coisas bem interessantes também. Obrigada por estar aqui!!! B.

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Postagem escrita por B, colunista desse site, estudante e militante. Graduanda em Relações Internacionais. Confira todas as postagens dessa coluna clicando aqui.