E essa tal de empatia?

Série 'Gossip Girl' (Foto: The CW Television Network)

Olá mais uma vez!! Talvez tenhamos nos conhecido no post anterior. Se não, dá uma olhadinha clicando aqui, tá super interessante! Vai agregar muito para o post de hoje, é uma base bem legal para compreendermos o que irá ser dito aqui. Mas só um spoiler então, falamos o quão importante era entendermos a nós mesmos para compreendermos o outro, e como isso é essencial para a convivência humana. Agora podemos então aprofundar esse assunto inserindo a palavra empatia. Sei que é uma pauta bastante discutida, e ao mesmo tempo é muito essencial também, vamos ver como podemos desenvolvê-la e usá-la ao nosso favor. Então continue lendo, você não vai se arrepender! 


AOS PRIMEIROS OLHOS

De primeira, a empatia talvez pode não ser exercida. Até porque a meu ver, ela é totalmente construída. Buscamos sempre enxergar no outro algo que temos e gostamos, a expectativa que isso gera pode ser grande, e quando isso não acontece, há uma pequena frustração que nos faz agir e pensar diferente em relação à outra pessoa. O que precisamos colocar à frente de tudo é que ninguém vai atender 100% nossas expectativas, e por isso, precisamos desenvolver um mecanismo que nos impeça de nos afetarmos e afetarmos a outra pessoa também (empatia). O primeiro passo é entender que possuímos divergências com as pessoas das quais convivemos, e isso vai sempre existir. Depois disso, devemos ter sensibilidade o suficiente para analisarmos o outro como humano que também possui conflitos, diferenças, medos, inseguranças e etc. Por isso, temos que ter muito cuidado para não ajudar a despertá-las, parece que não, mas pequenas atitudes afetam o outro. Às vezes não nos damos conta que o que estamos fazendo está ferindo alguém, por isso, precisamos ter muito cuidado, de verdade, além de não sabermos a situação da qual ela está enfrentando e o desgaste emocional que está tendo. Sabemos que o mundo é repleto de opiniões infelizes que nos afetam muito, sendo essas sobre padrões de beleza, identidade e tudo mais. Não precisamos dar um apoio extra à toda maldade existente no mundo. 

Podemos facilmente nos colocar no lugar da pessoa, aposto que você não gostaria de ser julgado de uma forma x por alguém… talvez essa pessoa não esteja nem um pouco à par da sua vida e vive dando pitaco por aí. Ou talvez a interpretação de alguém pode ser divergente da sua, causando um desencontro de ideias que podem ocasionar num conflito. Pense bem, não é chato demais isso? Precisamos então tomar cuidado para não reproduzirmos esse tipo de atitude com alguém.


“ESSA PESSOA NÃO ME DESCE”

Parece difícil, mas precisamos ter empatia até com quem não vamos com a cara. Sim, a pessoa que não nos damos bem também possui conflitos. Não tem nenhum sacrifício envolvido quando não inserimos o outro em alguma atitude ou pensamento infeliz nosso. É interessante começar pensando que nós não gostaríamos de saber que o fulano que a gente não gosta muito falou mal da gente… dá uma sensação de que é desnecessário, né? Temos que pensar que pode haver uma relação de reciprocidade, onde você também é o julgado, não só o julgador. Aliás, acabamos preservando muito a nossa saúde mental quando não ocupamos a nossa mente com alguém que não vale a pena (pense comigo, você irá beneficiar você também). E aliás, se conseguirmos praticar esse exercício pouco a pouco, seremos pessoas mais leves, simplesmente por não carregarmos o peso do outro com a gente. 

A importância que o ato do outro acaba tendo para a gente é surreal… já pensou nisso? Muitas das vezes o que o outro faz nem nos afeta, e mesmo assim acabamos nos incomodando. Se o outro faz ou deixa de fazer algo, isso nos afeta ou só estamos nos importando demais com a vida alheia? Não importa se achamos certo ou errado, feio ou bonito, deixa a pessoa! Isso não vai te afetar. Mas sim, você pode achar o que quiser, afinal, todos temos opiniões. O que estou dizendo é para evitar a reprodução de discurso de ódio, e menos do que isso, a famosa picuinha. E, não estou dizendo que somos obrigados a gostar de todos… divergências existem, e tá tudo bem. 

É importante deixar claro que esse exemplo que estou dando é sobre alguém que não conhecemos muito a fundo e julgamos a partir do que vemos por fora. Sim, isso pode ser uma atitude muito precipitada, mas sabemos muito bem que acaba acontecendo, então, estou aqui para dizer pra tomarmos cuidado com nossa atitude perante circunstâncias que as abrangem. Existem casos e casos, e vou dizer um pouquinho sobre isso no próximo bloco.


ALGUÉM ME FAZ MUITO MAL

Todos temos aquela pessoa que não nos identificamos nem um pouco, ou devo dizer, não gostamos mesmo. Vou ser sincera, em um post sobre empatia, a última coisa que devo dizer é que devemos fingir ter empatia por alguém, até porque, empatia é algo que construímos de forma sincera, por isso leva algum tempo significativo. Por x motivos, alguém não te faz bem, da forma que for, e você não se sente bem com essas atitudes, logo, construir empatia é algo quase impossível, e tá tudo bem, até porque não devemos aceitar ser tratados de uma forma que infrinja a nossa moralidade. 

Há uma grande diferença entre não ter empatia e tratar mal. Se alguém nos faz tão mal, aconselho o mínimo de contato possível, porque além de não ser bom para a sua saúde mental, não precisamos ficar alimentando um sentimento de ódio e rivalidade dentro da gente. Não estou falando que todo mundo é santo e que ninguém deve ter um odiozinho (até porque não controlamos), mas precisamos dosar bem isso para não surtarmos. Mas voltando, não ter empatia não significa que devemos tratar a pessoa mal ou queremos o mal dela, só quer dizer que preferimos não nos colocar no lugar dela para algumas coisas, simplesmente porque ela não foi capaz de se colocar no nosso, apenas nos isentamos do sentimento que a pessoa tem em alguma situação. Também não estou dizendo que devemos pagar na mesma moeda, mas não iremos ser bobos, não podemos ser idealistas a todo momento, vamos poupar a nossa saúde mental um pouquinho. Estou falando isso para zelar com nós mesmos, somos nós em primeiro lugar, sempre!


EU, VOCÊ, NÓS.

Espero ter deixado claro a importância da empatia nos nossos ciclos sociais, e além de tudo, como os sentimentos podem responder a algo que não nos agrada. Fico feliz em estar compartilhando a minha visão de mundo, espero que tenha acrescentado e aberto algumas mentes. Lembrando que todos os posts são relacionados, então se você gostou e se identificou com esse post e o anterior, garanto que o próximo vai te deixar bem satisfeito(a). Muitíssimo obrigada por estar aqui!! Nos vemos na próxima, então. B. 



Postagem escrita por B, colunista desse site, estudante e militante. Graduanda em Relações Internacionais. Confira todas as postagens dessa coluna clicando aqui.

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