Um lugar para estar

Série 'Gossip Girl' (Foto: The CW Television Network)

Oi, de novo, leitor! Estou muito feliz que tenha voltado, e se não for o caso, bem-vindo. Até agora abordamos, dentro de nossa coluna, alguns assuntos que julgo extremamente interessantes e necessários, tanto no aspecto de bagagem pessoal, tanto como importante para entendermos o que vai ser abordado aqui, agora. Queria deixar claro que o que vamos falar hoje, particularmente, é algo super abstrato pra mim, digno de tantas interpretações e sentimentos, tantos pensamentos e dúvidas. Queria também confessar que é algo que abordo com uma pequena sentimentalidade comprometida. Sinta-se à vontade para compartilhar do meu ponto de vista. Mas então, vamos lá!


LUGAR?

Bom, primeiramente, de que lugar estamos falando? Pra mim, tanto faz...

Na vida, estamos rodeados de ciclos sociais (não é à toa que precisei criar uma coluna somente sobre isso), e por isso, estamos sujeitos a lidar com diversas situações no dia-a-dia que envolvam relações humanas, e é aí que começa a complicar. Mas, então, colocando um “rótulo” nesse sentido de lugar, vamos começar falando sobre os grupos de pessoas existentes.

Desde cedo nos deparamos com distintos grupos de pessoas ao nosso redor, é algo muito marcado desde a infância, quando as separações aconteciam mesmo que involuntariamente. E ao longo da vida, essas distinções podem ou não fazer sentido, e é aí que mora o problema. Nós, seres humanos, já sabemos que somos sujeitos à mudanças ao longo da vida, e uma que marca bastante é o modo que passamos a enxergar o mundo e conhecermos a nós mesmos. Será que faz sentido nós sempre continuarmos no mesmo ciclo de pessoas? Nas mesmas atividades? Com os mesmos gostos? Muito provável que não. Ao longo da vida, pode ser até difícil nós percebemos o diferente humano que estamos nos tornando, por isso, estranhamos quando algo não está se movendo como o planejado. Ao passar do tempo, as amizades não se parecem as mesmas, os lugares não parecem mais tão legais, aquelas músicas não são mais divertidas. E deixa eu te falar, está tudo bem, ninguém precisa continuar o mesmo.


ONDE DEVO IR?

Se você sente que possui diversas personalidades interessantes que moram dentro de ti, você por inteiro não vai se encaixar totalmente em um grupo específico. Você pode se identificar muito com um grupo, mas também com o outro, pois um preenche um espaço dentro de você que o outro não é capaz de preencher. Porém, uma hora, a ausência da outra parte se sobressai, e você pode não se identificar mais com esse certo grupo. Isso acontece muito. O que eu penso, na verdade, é que não precisamos encontrar um lugar específico para estarmos, nós precisamos entender que temos alternâncias de emoções e personalidades. Está tudo certo em não se identificar com a mesma coisa o tempo todo… O que devemos é nos sentir confortável estando na nossa própria casa, o nosso eu. Você sabe mais do que ninguém quem você é e o que sente, e quando sente. Devemos nos preocupar menos com um “lar” em volta da gente; podemos ter vários lares, ou nenhum. Depende do que você sentir que seja feito, ou acabar acontecendo.

A pressão que sentimos ao pensarmos sobre isso é gigantesca, o pensamento constante de estar ali ou aqui martela a nossa cabeça por um tempo. Ninguém precisa colocar em nossa cabeça o que somos ou onde devemos estar, isso é algo que vamos descobrindo ao longo da vida, nada precisa ser tão rápido.

As nossas diversas conexões ajudam a desenvolver o nosso eu, não faria sentido então se continuássemos em um só lugar, sempre. Então fique tranquilo quando sentir a necessidade de transitar.


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Sendo assim, espero que tenha compreendido a minha visão sobre esse assunto que julgo ser tão abstrato. Cada um possui as suas particularidades, e você está livre para ser livre. Dando continuidade à nossa coluna Ciclos Sociais, o próximo tema irá ser tão interessante quanto, e digamos que bem aclamado. Obrigada por compartilhar essa questão comigo, te espero no próximo mês!



Postagem escrita por B, colunista desse site, estudante e militante. Graduanda em Relações Internacionais. Confira todas as postagens dessa coluna clicando aqui.

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