Como enfrentar a perda de um ente querido?

Série 'The Flash' (Foto: The CW Television Network)
Série 'The Flash' (Foto: The CW Television Network)

Desde crianças recebemos a informação de que todo mundo vai morrer um dia, sendo essa a única certeza que podemos ter na vida, como já diz o dito popular. E, infelizmente, é verdade. "As flores brotam e morrem, as estrelas brilham, mas um dia se apagarão. Tudo morre: a Terra, o Sol, a Via Láctea e até mesmo todo este universo não é exceção. Comparado a isto, a vida do homem é tão breve e fugidia quanto o piscar de um olho. Neste curto instante, os homens nascem, riem, choram, lutam, sofrem, festejam, lamentam, odeiam pessoas e amam outras: tudo é transitório. E em seguida, todos caem no sono eterno chamado morte." (Os Cavaleiros do Zodíaco: Saga de Hades - Episódio 10).


AS FASES DO LUTO

Normalmente, o luto emocional é dividido em cinco etapas. Não é uma regra universal de que todo indivíduo passará por todas estas cinco e nesta ordem, mas, quando estiver passando, é importante que a vivencie com intensidade. Outro ponto importante é que cada fase não tem um tempo de duração certo. 

Não tem problema chorar quando vier o sentimento de ausência da pessoa que partiu, ele deve ser encarado e vivido. As cinco fases do luto são, nesta ordem:

  • Negação: é a etapa inicial. Aqui acontece a dificuldade em aceitar que o fato realmente aconteceu. Nela, o indivíduo possui dificuldade em digerir a notícia e se vê em crise e sem perspectiva ao se imaginar em um futuro sem a pessoa;
  • Raiva: é quando o indivíduo percebe que o fato realmente aconteceu e nada pode ser feito a respeito, gerando um sentimento negativo de repulsa e podendo estar alinhado com culpa. Normalmente é quando a ficha realmente caí e o indivíduo abalado percebe que não é possível reverter;
  • Negociação: o indivíduo reflete se, caso ele mude seu comportamento diante da situação possa receber em troca algum tipo de iluminação ou salvação. São acordos internos e particulares e muitas vezes voltados para questões religiosas.
  • Depressão: não possui relação com a doença clínica. É a fase marcada por melancolia, culpa, desesperança no futuro, impotência e isolamento. É quando o indivíduo percebe, com maior intensidade, que a partida do ente querido não tem mais volta. O momento é de choro intenso e reflexão sobre a falta que o outro fará;
  • Aceitação: é quando a pessoa consegue ter uma visão menos melancólica e com aparência de superação. O indivíduo aceita o ocorrido e está em um cenário de tranquilidade, sem lidar com a negação ou desespero. A saudade continua presente, mas acompanhada de lembranças positivas.


COMO SUPERAR E SEGUIR EM FRENTE?

Não existe uma fórmula certa para a superação do luto, afinal, todos passam por isso de uma maneira distinta. O que podemos antecipar é que os momentos tristes nos fortalecerão e eles devem ser vividos, isso inclui o luto. Deixaremos aqui abaixo algumas dicas para que esse momento não extrapole alguns limites e te ajude a se confortar na rotina sem a pessoa.

Seja qual for o motivo do falecimento, não se culpe. Não existe nenhum relacionamento perfeito, seja ele entre parentes, amigos ou casais. A imperfeição sonda todos os nossos relacionamentos e não podemos nos culpar por algo que fizemos ou deixamos de fazer, algo dito ou não dito. Você fez o que foi possível na medida do possível, você esteve sempre que foi possível e demonstrou gestos de amor quando nem mesmo sabia que estava demonstrando. Não se torture pelo passado ou pelos "e se eu tivesse": use o tempo retroativo para viver as boas lembranças. Veja fotos antigas, converse coisas boas com quem era próximo do ente querido, reviva a memória daquele que se foi com conversas nostálgicas e tranquilas.

Adapte-se a viver sem a pessoa. Será uma nova experiência com a falta de quem partiu, então, faça todos os ajustes para que você aprenda a conviver com sua ausência. Caso seja necessário, mude alguns hábitos e desenvolva maneiras positivas de enfrentar a saudade, mas investindo em você mesmo: ocupar a cabeça com outro assunto é uma solução válida! Procure iniciar algum curso ou realizar algum sonho, viajar, respirar o ar dos bosques da cidade, etc. Preencha o espaço vazio que você tem com algo novo, leve e sereno. Apesar de conviver com a dor da perda, é possível ser feliz com alguma outra motivação em atividades.

Em alguns casos, a dor causada pela perda pode se transformar em algo que seja muito difícil de ser lidado, como problemas de ansiedade ou depressão. Caso o luto esteja ocorrendo a longo prazo, é válido que ajuda profissional seja buscada, afinal, foi um baque muito profundo e inesperado que consumiu muita energia de nós, fazendo-se necessária a busca por ajuda.

Seja forte! Temos certeza de que você passará por essa. Sim, o caminho pode ser longo e regado com muitas lágrimas, mas uma hora todo esse sentimento que te deixa para baixo irá passar e, depois, tudo se resumirá em uma saudade positiva e gostosa dos bons momentos vividos entre você e quem partiu.



Postagem escrita por Luan, criador desse site, estudante, blogueiro e sobrinho de sua querida tia Creuza, falecida em outubro de 2019. Graduando em Publicidade e Propaganda. 

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