Dia Nacional da Adoção: vamos falar um pouco desse tema?

Série 'The Fosters' (Foto: FreeForm)

No dia 25 de maio temos o Dia Nacional da Adoção, uma data no nosso calendário que tem o objetivo de trazer a conscientização e a reflexão sobre a importância de adotar. Com o passar dos anos, a adoção de crianças parece deixar de ser um tabu. Em contrapartida, é completamente importante trazermos este tema para o nosso site para abordamos universos que jamais possam ter sido explorados ou ressaltar problemáticas que possam existir nos pensamentos sobre o ato. Vamos falar de adoção? Vamos!


O QUE É ADOTAR E COMO FAZER?

Adotar uma criança é trazer alguém que não é do seu sangue e transformá-la em parte da sua família, com amor, carinho e respeito. Aqui não temos o grande tabu do "para ser meu filho, precisa ser sangue do meu sangue", não! O amor sempre irá prevalecer e a construção de um novo lar para essa criança, bem como identificação de seus novos pais, irmãos e relacionamentos serão moldados.

Existem diversos motivos para adotar uma criança e todos são válidos! Podemos adotar por sabermos de estatísticas elevadas de crianças em orfanatos, que foram abandonadas, mal tratadas ou pela consciência de que gerir um filho em sua barriga é um procedimento doloroso, o fato de homossexuais não reproduzirem entre si, o sentimento de querer fazer a diferença na vida de uma criança que não teve quem olhasse pra ela... Ou até mesmo a combinação desses motivos! Todos são válidos e levam em consideração o amor e empatia.

Não podemos passar um tutorial de como é o procedimento de adoção já que este varia de estado para estado, mas podemos informar que o primeiro passo é procurar a Vara da Infância e da Juventude mais próxima de sua residência para orientações ou realização de um pré-cadastro no Sistema Nacional de Adoção no site do Conselho Nacional de Justiça. De forma geral, temos as seguintes etapas:
  • Serão solicitados diversos documentos e, posteriormente, será aberto um processo jurídico que pode ser acompanhado por um defensor público ou advogado particular;
  • Com isso, teremos cursos de preparação psicossocial e jurídica, avaliação psicossocial com entrevistas e visitas domiciliar, bem como a escolha do perfil da criança que será adotada;
  • Caso o pedido seja acolhido, o nome de quem deseja adotar a criança será inserido nos cadastros;
  • Sucessivamente, a Vara de Infância entrará em contato para notificar sobre uma criança com o perfil compatível;
  • A criança e a pessoa que quer adotar serão apresentados e, posteriormente, a criança será entrevistada após esse encontro e dirá se quer ou não continuar com esse processo;
  • Com ambas as partes interessadas, a guarda provisória da criança será entregue e ela poderá morar com a família;
  • O juiz, após acompanhar a vivência da criança na família e depois de uma avaliação, poderá determinar que a criança passará a integrar aquela família com emissão de nova Certidão de Nascimento e direitos de um filho biológico.

É um processo bem longo e podemos encontrar diversos motivos que invalidem a adoção no caminhar dele. O fato dele ser longo não significa que ele não valerá a pena: pelo contrário, a duração de todo o procedimento de adoção tem como principal objetivo assegurar que a criança será entregue para uma família com condições psicológicas para seguir com a adoção. Estamos falando de uma criança e de sua integração em uma nova família, precisamos ter o maior cuidado possível nesse aspecto.


ESCOLHA DE PERFIL... TEMOS UM GRANDE PROBLEMÃO POR AQUI!

Temos milhares de crianças nas filas de adoções, mas também temos aquelas que são as mais requisitadas: as crianças padrões.

Quando falamos de impeditivos da adoção no Brasil, queremos dizer que as famílias que buscam adotar suas crianças sempre estão em busca de "crianças padrões", ou seja, bebês que não são maiores que dois ou três anos, brancos, sem irmãos e sem histórico de doenças ou deficiências. E o resto das crianças? Quando falamos de crianças, não são só essas padrões que estão no sistema de adoção; muito pelo contrário! Os abrigos são composto com a maior parte de crianças fora do padrão.

O principal passo para adotar uma criança é desmistificar o tabu que temos estabelecido de que a criança padrão é melhor àquela que não é. Isso não é verdade e esquecemos o principal objetivo da adoção que é o de formar uma família. Esquecemos que a maior parte dos abrigos têm crianças entre 9 e 17 anos e que estas tentam, ano após anos, superarem os traumas e sentimentos de abandono seja este pela família originária ou pelos candidatos que se recusam à adotá-las.


O REAL GESTO DE ADOTAR SE RESUME EM AMOR

Quando falamos sobre adotar, estamos falando de uma criança ou adolescente e o desenvolver de uma relação familiar regada de amor: a captação e devolução de afeto entre ambos os lados. E é isso que é adoção, amor: dar o seu amor para quem não teve a oportunidade de receber. 

Como complemento para o nosso texto, sugerimos a série The Fosters, que é a foto da nossa postagem. A série aborda o cotidiano familiar das mães Stef e Lena, que adotaram um casal de irmãos latinos, e traz diversas questões sobre como funciona o serviço de adoção dos Estados Unidos, como as crianças se sentem dentro deste sistema, a relação com os pais biológicos e como é o período de adaptação das crianças, dos irmãos e das mães após a adoção. Além dessas questões, é possível observar o principal argumento da nossa postagem: o amor.



Postagem escrita por Luan, criador desse site, estudante e blogueiro. Graduando em Publicidade e Propaganda. 

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