A internet não é uma terra sem lei

Série 'Black Mirror' (Foto: Netflix)

Oi, leitor! Sinta-se acolhido ao segundo episódio da nossa coluna que conta sobre o nosso comportamento na internet. Na primeira postagem, mencionamos as principais diferenças entre o mundo real e o mundo virtual, bem como a possibilidade de criação de um personagem neste mundo digital baseando-se em nós. Depois de todas as conclusões tomadas, deixamos uma leve provocação sobre as informações falsas e como elas se manifestam no ambiente virtual. É neste assunto que mergulharemos hoje, continue conosco.


NOSSAS INFORMAÇÕES FALSAS

Quando criamos um perfil, temos a liberdade de publicar e ocultar o que quisermos. Dentro dessas possibilidades, surge a oportunidade de mentir alguma informação e podemos fazer isso! Só temos que ter cuidado com essa abertura e ter o bom senso que mentir não é legal, seja em qual ambiente for. O primeiro fato surge com os termos e condições daquele site. Sabemos que em processos seletivos, caso você minta alguma informação, você pode ser penalizado por isto. Nesse caso, você concordou que caso aplicasse algo que fosse diferente da realidade, você assumiria o risco e as consequências.

Bom, podemos criar um perfil falso de uma pessoa que não existe apenas para preservar a nossa identidade: isso não é crime. O crime ocorre quando usamos informações de pessoas reais, vivas ou mortas. Nesse caso, o crime cometido é o de falsa identidade, em que estaríamos nos passando por outras pessoas. Os casos de perfis, mesmo que com informações totalmente desconexas da realidade, que promovem ataques para outras pessoas também podem ser penalizados legalmente. De qualquer forma, o nosso bom senso deve se manter em primeiro lugar sempre.


A INTERNET NÃO É TERRA SEM LEI

Pode parecer que sim, mas a internet não é uma terra sem lei. Percebemos diversas pessoas atacando umas às outras publicamente, espalhando fotos íntimas, criando e espalhando fake news em massa... Pode parecer que não temos punições, mas a internet é uma extensão do mundo fora das telas, com todas as nossas legislações implementadas dentro do ambiente virtual.

Quando nos relacionamos virtualmente, respondemos por todos os nossos atos com base na Constituição Federal e nos Códigos Civil e Penal. O que não existe são políticas que norteiem o uso da internet, como por exemplo penalizações para spammers, regulamentação de compra e venda de contas, etc.

O principal crime na internet é o dano à imagem. Compartilhamos diversas imagens pelas nossas redes sociais, mas sem autorização de quem realmente está na foto. Normalmente, a autorização do uso de imagem é concebida por meio de contratos escritos à mão. Temos que ter muito cuidado com qualquer imagem compartilhada, mesmo que não sejamos os criadores e estamos apenas compartilhando.

Precisamos entender que não podemos escrever o que quisermos em qualquer blog, e-mail ou comunidades virtuais. Somos 100% responsáveis pelas ideias publicadas caso alguém se sinta ofendido por elas. A única exceção ocorre para os menores de 18 anos que acabam responsabilizando seus pais nestas situações. De qualquer forma, o que antes podíamos apenas expressar em uma conversa nos corredores de um prédio, hoje ficam registrados na internet.

Sabemos que nem sempre agimos com maldade em determinado comentário. A internet possibilita ação e reação instantânea e, muitas vezes, acabamos por não pensar ao tomar determinada atitude. Na primeira postagem desta coluna, trouxemos a informação de que várias pessoas entraram no mundo da internet muito cedo e, com isso, não tinham responsabilidades em seus escritos. O principal fator que comprova isso é olharmos para as nossas publicações mais antigas das redes sociais e o tanto de besteiras que publicávamos. Algumas destas besteiras podem ser até criminosas nos dias de hoje. Não agíamos com maldade e sim com a ingenuidade. A internet não é uma terra sem lei e somos completamente responsáveis pelo que consumimos, produzimos e reproduzimos nestes sites.

Do contrário de nós que agimos diversas vezes por ingenuidade, pessoas maldosas usam suas redes sociais para disseminar ódio e crimes. Nosso papel é o de usarmos a internet com consciência e, ao presenciar algum crime cibernético, tirar prints, extrair informações e buscar comprovações que sirvam como provas, registrar estes documentos em um cartório com ata notarial e buscar uma delegacia de polícia para a realização de um boletim de ocorrência relatando o que aconteceu.

De qualquer forma, o ambiente virtual é uma extensão do concreto e precisamos desenvolver a empatia e ter o respeito como principal pilar para as nossas relações e atitudes aqui. Muitas vezes, acabamos excedendo a nossa presença no digital e acabamos por passar muito tempo imersos nas telas, né? Essa é uma discussão que emendaremos no nosso próximo texto e você não pode perder. Enquanto isso, aproveite para revisar as postagens desta coluna clicando aqui.



Postagem escrita por Luan, criador desse site, estudante e blogueiro. Graduando em Publicidade e Propaganda. Confira todas as postagens dessa coluna clicando aqui.

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