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Série 'I Am Not Okay With This' (Foto: Netflix) |
Quando setembro chega é hora de coluna nova no ar! Seja muito bem-vindo ou bem-vinda ao nosso novo espacinho para falar sobre assuntos atuais com questões importantes para nosso desenvolvimento. Você estará imergindo nos próximos meses na nossa coluna A pandemia do Coronavírus, bloco de textos que trarão visões específicas das problemáticas que enfrentamos no decorrer deste terrível ano de 2020. Para abrir esse tópico, mostraremos uma questão que vimos muito nas redes sociais: tem muita gente que está sendo extremamente produtiva, já que está em casa e outras se incomodam consigo mesmas por não terem essa disposição de ir atrás de coisas novas ou dar conta da sua demanda. É sobre isso que vamos falar hoje!
A FUNÇÃO DA REDE SOCIAL
Quando entramos em determinadas redes sociais, nos deparamos com a pergunta "O que você está pensando?" ou "O que está acontecendo?", não é mesmo? As redes sociais servem para estimular nossas postagens sejam elas quais forem: um desabafo, uma conquista, uma reclamação, uma indireta, uma foto do que acabamos de comer... Vale tudo! E justamente pela crise pandêmica que estamos enfrentando, o encurtamento das relações digitais ocorreu, nos deixando totalmente mais próximos do ambiente virtual e mais propensos a produzir algum conteúdo, seja ele qual for.
É muito interessante estar rolando a página de sua linha do tempo e se deparar com aquele amigo que começou a desenhar, aquela amiga que começou a fazer tutoriais de maquiagem ou aquela pessoa que está trazendo conteúdos explicativos e decupados sobre política. As pessoas estão produzindo e divulgando seus resultados na internet, nos deixando diversas possibilidades de escolha de conteúdo para acompanhamento. É possível encontrar desde aquela pessoa que investiu tempo e dinheiro em um aprendizado, até aquela pessoa que está se descobrindo por si só. Só que... tem algum problema nisso tudo?
O problema não acontece com a produção de conteúdo dessas pessoas, mas acontece com quem se sente improdutivo ao ver toda essa exibição de produtividade. E por mais que todos estejam sendo produtivos, está tudo bem não ser tão produtivo quanto. Precisamos normalizar essa preocupação da nossa produtividade e não devemos nos preocupar em ficar expondo o que estamos fazendo ou não para impressionar o outro. Estamos em uma fase de pandemia e todos estamos cansados de ficar trancados em casa por tanto tempo, então, é normal que alguém consiga arranjar algum conteúdo para produzir e outro não consiga dar conta de seus trabalhos acadêmicos. Ambos os lados são normais e tá tudo bem nisso.
TODO MUNDO É PRODUTIVO... MENOS EU!
Tudo bem! A pandemia deixará sequelas em todos nós com tanto distanciamento social, mas tá tudo bem não ser tão produtivo quanto o seu amigo. Nós, seres humanos, temos a ideia de que sempre devemos nos comparar à qualquer pessoa e temos a síndrome de inferioridade, isto é, sempre que possível nos colocaremos para baixo. Com todas essas incertezas da quarentena, isso se torna mais frequente.
A normalização deste momento caótico se faz necessária para que entendamos que não somos iguais à ninguém. Existirão aquelas pessoas que entregarão uma demanda do trabalho ou atividade da faculdade em 20 minutos por estarem alocadas em casa e não têm com o que se dispersar, assim como terão outras que demorarão um tempo maior para execução justamente pela tonelada de fatores dispersantes. Devemos lembrar também que a situação política de nosso país não está muito confortável e ficar uma semana em paz, sem se escandalizar com qualquer coisa é muito difícil. Tudo isso pesa na nossa mente e soma para que a produtividade seja menor.
MUITA IMPRODUTIVIDADE PODE GERAR CONSEQUÊNCIAS
Por um lado, está tudo bem aceitarmos essa improdutividade do nosso perfil, mas devemos ter muito cuidado com ela. Podemos não correr atrás de coisas novas como todos estão correndo e demorar um pouco mais na entrega de algo pelas inúmeros distrações em nossas mentes, mas devemos ter cautela com o "deixar para depois" ou "deixar de fazer".
Quando deixamos alguma coisa para fazer depois, estamos assumindo que teremos menos tempo para que essa atividade seja concluída, mas podemos nos comprometer e acabar não entregando. Isso vale tanto para o universo de um estudante de ensino médio, graduando na faculdade ou trabalhador do mercado. Ao adiar algo, podemos estar seriamente nos sabotando e a entrega daquela proposta poderá ser entregue de forma incompleta, incoerente ou fora do que foi solicitado, comprometendo a nota final, a nota do grupo ou a visão que o chefe tem de você.
Estar nessa pandemia intensifica a vontade de fazer as coisas deitado na cama (principalmente no frio), com a televisão ligada e de vez em quando com uma olhada nas redes sociais. Isso tudo pode ser muito sabotador quando feito em horas erradas, por isso, recomendamos que não fuja de seus objetivos e rotina diária. Use o tempo de estudo para estudar e o tempo de trabalho para trabalhar, exclusivamente. E, justamente por estarmos em casa e falando especificamente do vínculo empregatício, não gaste tempo excessivo fazendo tarefas que você não é remunerado para fazer hora extra. Você precisa descansar sem a sua sobrecarga e, também, precisa descansar nas horas certas, sem muitas mudanças em sua rotina.
Nessa pandemia, precisamos ter uma boa rotina de proatividade e outra de descanso, com momentos bem separados. É importante fazer exercícios já que estamos parados por tanto tempo e nossas caminhadas se resumem em: sair do quarto para a cozinha, da cozinha para o banheiro e do banheiro para o quarto. Além disso, por mais que você não saia criando alguma coisa nova e/ou produzindo conteúdo na internet (ou fora dela), busque atividades que te tragam prazer. E sempre que precisar de algum tipo de ajuda ou não conseguir lidar com questões suas emocionais, recomendamos que busque ajude de um especialista: todo mundo deveria passar em um psicólogo!
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Equilíbrio é fundamental! Está tudo bem ficar sem fazer nada às vezes e justamente por estarmos em uma fase pandêmica, não precisamos ser produtivos 100% do tempo. Mas precisamos estar atentos até que ponto essa falta de produtividade pode nos levar. Esperamos que tenha gostado do texto e que ele tenha te ajudado. Voltaremos em outubro para falar de mais problemáticas dentro da quarentena, até lá!
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